quarta-feira, 1 de abril de 2009

Considerações finais

Ora pois!
Embasbacada comigo mesma, pergunto o que seria do pitoresco orgulho que possuo, se todas as vezes que meu coração mandasse eu dissesse tudo aquilo que ele estava querendo. Sou fracote em minhas diegeses, pois sim. Mas não posso assumir o que meu coração quer. Já não posso mais!
A fama de cabeça dura me custou muito caro num passado nem tão bem passado assim. Por isso me pergunto retoricamente: que protagonista seria eu, se valesse de minhas punjentes emoções momentâneas? Respondo que estaria traindo a nomeadura à mim atribuída pela saudosa criatura de olhos de algodão doce.
Por isso preferi calar-me, afinal a resposta para todas as minhas inquietações e desejos, suponho eu, foi-me dada na última pergunta do romance, cujo desfecho se deu de forma mais adulta que da primeira vez. A resposta dada me fez calar diante das possibilidades que minha mente/coração criaram durante o período de invernada.
E isso me bastou. Bastou para que meu amor próprio falasse mais alto do que aquilo que minhas emoções queriam gritar. Vi meu sexto sentido me alertando para não inquirir sobre o que estava prestes a.
Assim, neste momento, me proponho a esquecer de vez. Volto à superfície, me posicionando novamente como protagonista da minha vida e o rio segue o seu curso, como tem que ser.
Tudo ficará do jeito certo, do meu jeito, com minhas verdades, no meu tempo.
Para não ser contrária, continuo mantendo a postura de cabeça dura, satisfazendo a alcunha que um certo Sr. Polaco me deu, a de "Srta. Teimosura do Osso Duro de Roer", esta já um pouco desmoralizada pelo avançado de minha (matur) idade.
O importante é que o fato de outrora não faz mal, nem bem, na verdade, mas ao menos não mortifica como antes.
Encerro dizendo que o sentimento criado pelo meu eu-lírico romancizado - ah, meu caro! - esse o tempo se encarregará de diluir, quiçá de apagar, assim que outro "sentir" em mim se abancar.
Para selar a bandeira branca, mando um abraço com carinho verdadeiro e, desejo outrossim, que a felicidade chegue para ambos.
Do mais: C'est fini!

2 comentários:

Rejane disse...

Mas todo fim não é senão o início de uma nova era? E nós sabemos disto.

silvia disse...

Juuuuuuuuuuuuuuu, que delícia de escrita!!! Adorei, garota. Demorei, mas cheguei aqui nessas paragens. Bjo no coração.