quarta-feira, 22 de abril de 2009

Feliz Cumpleaños!

Um frio na barriga começa a consumir-me nesta data. Sensações mistas. Sentimentos dúbios. Há algo que se aproxima de mim e que não quero tocar. Não se assuste, é o passar dos anos que chega, caro leitor. É a era Balzac que se aproxima. Qual o quê? Sem exageros, dona escritora! Não estou tão velha assim, mas estou caminhando para. Não me descontento com isso; afinal, qual criatura não terá senão o mesmo fim? O martírio também não surge das inúmeras possibilidades que se foram ou daquele caso de amor arrebatado em algum lugar do passado. O que aflige meu coração, talvez seja o futuro. Ele mesmo! Esse verbete me dá arrepios! Não saber o que o futuro nos reserva é algo justo de frios na espinha. Não que este pensamento esteja ligado à pensamentos negativistas; ele está atrelado a acontecimentos bons que podem surgir. E é justamente essa felicidade que amedronta. Assim, vou colocar minha fé à prova e pensar que a alegria que pode surgir no ano que se inicia , será bem quista e aproveitada até a última gota por esta que vos escreve, pensando em não sentir a passagem do tempo, pois estarei mais preocupada em viver, viver e viver; com intensidade, tudo o que os céus me mandarem e o que Deus puser no meu caminho. Com a maturidade dos anos devo beber minhas alegrias e dores e compartilha-las com aqueles por quem tenho apreço. Vou fazer minhas orações, entoar meus cantos e vibrar positivamente na corrente do bem, para que tudo dê certo e que no novo ano os desejos lançados ao poço venham a se realizar.
E por ser nascida no dia do santo guerreiro - São Jorge - em sua homenagem canto Jorge Ben:

"Jorge sentou praça na cavalaria
E eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia

Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Para que meus inimigos tenham pés, não me alcancem
Para que meus inimigos tenham mãos, não me peguem, não me toquem

Para que meus inimigos tenham olhos e não me vejam
E nem mesmo um pensamento eles possam ter para me fazerem mal

Armas de fogo, meu corpo não alcançará

Facas, lanças se quebrem, sem o meu corpo tocar

Cordas, correntes se arrebentem, sem o meu corpo amarrar

Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge

Jorge é de Capadócia, viva Jorge!

Jorge é de Capadócia, salve Jorge!"


sábado, 11 de abril de 2009

Vilarejo

Há um vilarejo ali

Onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão

Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe
Paraiso se mudou para lá

Por cima das casas, cal
Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real (...)


Ah, essa minha mania de querer poetizar tudo e todos ainda vai me levar além! Mas é que tudo tá tão colorido, tão harmônico, que chega realmente a ser poético e eu me recuso a voltar pro mundo real das especializações, mudanças de apartamento e empregos da vida.

Sonho meu, mas que é só meu. E ponto. Lembranças: passado, presente e futuro que me conduzem a um misto de sensações. E eu aproveito essa terra de heróis infantis e dos lares de minhas duas melhores mães para curar-me da ressaca cotidiana.

Vou esquecer a disritmia por um tempinho e voltar para meu bom e aconchegante colo de vó. Hum, coisa boa!


quinta-feira, 9 de abril de 2009

De repente,

lá bem longe, aparece outro lugar, novos campos e horizontes...

Dois leões eu já matei. Que venham todos os outros!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Considerações finais

Ora pois!
Embasbacada comigo mesma, pergunto o que seria do pitoresco orgulho que possuo, se todas as vezes que meu coração mandasse eu dissesse tudo aquilo que ele estava querendo. Sou fracote em minhas diegeses, pois sim. Mas não posso assumir o que meu coração quer. Já não posso mais!
A fama de cabeça dura me custou muito caro num passado nem tão bem passado assim. Por isso me pergunto retoricamente: que protagonista seria eu, se valesse de minhas punjentes emoções momentâneas? Respondo que estaria traindo a nomeadura à mim atribuída pela saudosa criatura de olhos de algodão doce.
Por isso preferi calar-me, afinal a resposta para todas as minhas inquietações e desejos, suponho eu, foi-me dada na última pergunta do romance, cujo desfecho se deu de forma mais adulta que da primeira vez. A resposta dada me fez calar diante das possibilidades que minha mente/coração criaram durante o período de invernada.
E isso me bastou. Bastou para que meu amor próprio falasse mais alto do que aquilo que minhas emoções queriam gritar. Vi meu sexto sentido me alertando para não inquirir sobre o que estava prestes a.
Assim, neste momento, me proponho a esquecer de vez. Volto à superfície, me posicionando novamente como protagonista da minha vida e o rio segue o seu curso, como tem que ser.
Tudo ficará do jeito certo, do meu jeito, com minhas verdades, no meu tempo.
Para não ser contrária, continuo mantendo a postura de cabeça dura, satisfazendo a alcunha que um certo Sr. Polaco me deu, a de "Srta. Teimosura do Osso Duro de Roer", esta já um pouco desmoralizada pelo avançado de minha (matur) idade.
O importante é que o fato de outrora não faz mal, nem bem, na verdade, mas ao menos não mortifica como antes.
Encerro dizendo que o sentimento criado pelo meu eu-lírico romancizado - ah, meu caro! - esse o tempo se encarregará de diluir, quiçá de apagar, assim que outro "sentir" em mim se abancar.
Para selar a bandeira branca, mando um abraço com carinho verdadeiro e, desejo outrossim, que a felicidade chegue para ambos.
Do mais: C'est fini!