segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

O que é isso companheiro?

Também me pergunto o porque de tanta ousadia.
Por que me atrever a colocar nesse espaço inócuo, embora tóxico, por vezes, o pouco do que sinto ou penso? Pergunto-me neste momento, se tamanha exposição vale a pena.
E respondo que o que me traz aqui, talvez seja o fim de alguns ciclos importantes de minha vida.
Isso sim é uma resposta!

Aceitar que alguns ciclos muito felizes chegaram ao fim, me obrigou a enfrentar muito medos e "criar" outros tantos. Sendo assim, a vontade de expelir esses medos se torna fator condicionante para que eu exponha aqui os meus pedaços.
Tantos enfrentamentos e decepções em um curto espaço de tempo talvez tenham deixado um "vaziozinho", difícil de preecher e que quer ser compensado com o disparate de verbos e palavras que aqui começam a se colocar.

Escrever; sinônimo de alívio!
Um grito!

Isso não significa que as coisas vão voltar a ser como antes, como se num passe de mágica tudo se resolvesse, mas indica que as superações estão acontecendo, ou prestes a.
E se as superações ainda não vieram, externalizar o que penso ou sinto é poder aliviar o coração pequenino e a alma causticada pelas marcas que esse tal de "ser humano" ainda é capaz de deixar em terceiros (assim, bem impessoal mesmo, porque a impessoalidade é dominante em alguns meios).

Escrevo porque sangro (por inúmeros motivos), mas é porque sangro que saro, que me curo de feridas passadas. O sangue uma hora ou outra coagula e como toda boa ferida, deixará apenas uma cicatriz. Por assim dizer, me sinto como as mulheres negras, acometidas pela tal da quelóide, doença própria dessa parcela feminina e que não permite uma cicatrização perfeita dos machucados.

Isso implica dizer que todos os ferimentos cessarão um dia, mas as marcas permanecerão em você para sempre, sem deixar-te esquecer do que aquilo representou para você (e só para você; ressalto!!!).

Enfim, terminando a pergunta formulada pouco acima, respondo ainda que esse diário é uma tremenda "verborragia", ou seja, uma grande abundância de palavras, mas com poucas idéias, no falar ou discutir.
A intenção não é mesmo de dar lições de moral em ninguém e muito menos de persuadir pessoas sobre o que sinto de verdade.

Intenciono apenas, aliviar as dores e alegrias que acometem minha reles vidinha, na tentativa de dissolvê-las ou mesmo de compartilha-las, a quem interessar possa.
É isso.

Um beijo e um cheiro

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